segunda-feira, 23 de março de 2009

QUAL UTILIZAR: ANÁLISE FUNDAMENTALISTA OU ANÁLISE GRÁFICA PARA INVESTIR EM AÇÕES?

Em um investimento em ações as duas escolas de análises existentes para selecionar os ativos que irão compor uma carteira de investimento são: a análise fundamentalista e a análise gráfica (esta também conhecida como análise técnica).

A análise fundamentalista considera os fundamentos de uma empresa, com base em interpretação de dados e indicadores disponibilizados, e considerados como verdadeiros. Tais interpretações são controvérsias e dificilmente conseguem prever o comportamento dos preços dos ativos, além de haver possibilidade de trabalhar com dados “maquiados” divulgados nos balanços e demonstrações de resultado de exercício (DRE) das empresas analisadas, como já ocorrido em casos de maior destaque como os das empresas norte-americanas Enron e Worldcom.

A análise gráfica, também conhecida como análise técnica, por sua vez, considera que todos os fatores necessários estão representados nos gráficos, na medida em que este traduz o comportamento do mercado (fundamentalistas, insiders, amadores etc) e avaliam, a partir dos gráficos, a participação desses investidores que influenciam na formação dos preços.

Na teoria fundamentalista, além do investidor não possuir o timing da operação, ele não consegue aproveitar o “zig zag” constante das ações, muito menos se prevenir de fortes realizações. No entanto, nada impede o investidor efetuar um filtro de algumas ações a partir de critérios fundamentalistas com índices P/L e P/VPA, e aplicar a essas empresas pré-selecionadas as técnicas e ferramentas presentes na Análise Gráfica / Análise Técnica para identificar a tendência da ação, momentos de reversão e fazer também o gerenciamento de risco, com isso conseguirá aplicar a máxima da análise técnica que é maximizar o lucro e minimizar o prejuízo.

A Análise Gráfica / Análise Técnica, além de identificar ações sobrecompradas (com preços muito elevados) e sobrevendidas (preços muito depreciados), ela consegue nos dar o tempo correto para efetuar uma ordem de compra e venda. Para isso é preciso a quem está efetuando a Análise Gráfica, que tenha conhecimento suficiente para exercer tal atividade. Contudo, apesar da existência de regras claras e objetivas, a aplicação da Análise Técnica também envolve certo nível de experiência adquirido com muito estudo e através de cursos, onde o aluno conseguirá absorver grande parte da experiência possuída pelo professor.


Leandro Martins é economista com MBA em finanças pela USP e FIPE, e Mestrado em economia na Universidade de Grenoble.
Profissional de Investimento certificado com o CNPI registrado na CVM, fundador do site www.seuconsultorfinanceiro.com.br e autor do livro “Aprenda a Investir – Saiba Onde e Como Aplicar Seu Dinheiro”.
Instrutor dos cursos “Intensivo Análise Gráfica” e “Day Trade”, ministrados em todo o Brasil.

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